Após explosões, Irã se junta ao Hamas e diz ter atacado exército de Israel em Gaza

Mais de 100 pessoas morreram durante caminhada em homenagem a ex-general morto pelos EUA. Pessoas são vistas correndo nas ruas do Irã após explosões atingirem grupo de civis que caminhavam em homenagem a Qassem Soleimani Mahdi Karbakhsh Ravari/AP Após duas explosões matarem nesta quarta-feira (3) 103 pessoas que caminhavam para o túmulo de Qassem Soleimani (leia mais abaixo), no Irã, a brigada Al-Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do país, afirmou que atacou posições do Exército de Israel na Faixa de Gaza, em uma operação conjunta com soldados do Al-Qassam, o braço armado do Hamas. "Esta tarde, numa operação conjunta com o al-Qassam, bombardeamos 60 grupos de veículos e soldados inimigos nas linhas de frente que avançam sobre o centro de Khan Younis", diz o comunicado da Al-Quds. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Até o momento, não há evidências que associem Israel às explosões em Kerman, durante a procissão. O exército de Jerusalém não se pronunciou. O governo iraniano chamou a explosão de "atentado terrorista" e disse se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas que estavam no meio da multidão. Nenhum grupo havia reivindicado o ataque até a última atualização desta reportagem. A primeira explosão, segundo o serviço de emergência de Kerman, aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano. Pelas redes sociais, pessoas que estavam no local relataram haver centenas de corpos espalhados. Já a segunda explosão ocorreu minutos depois, em um ponto mais afastado e perto das primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, ainda de acordo com as autoridades locais. Explosões matam multidão no Irã em procissão para túmulo de general morto pelos EUA Morte de Soleimani Em foto de 2016, Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, participa de um comício anual do aniversário da revolução islâmica de 1979, em Terrã, no Irã AP Photo/Ebrahim Noroozi, File A morte de Soleimani, considerado um herói nacional no Irã, provocou uma onda de revolta no país contra os Estados Unidos. Ele foi morto por um ataque com drones no aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, onde Soleimani estava, acompanhado de uma comitiva, em uma operação secreta ordenada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. À época, o Pentágono, que comandou o ataque, alegou que Soleimani estava por trás de mortes de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos. Logo após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que "redobraria" a "resistência" contra os EUA e Israel. Desde então, o governo iraniano tem aumentado o apoio e o financiamento a grupos que atuam contra Israel, como o Hamas e o Hezbollah. Quando morreu, ele liderava havia 15 anos a Força Al Quds, a unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, e era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.

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Após explosões, Irã se junta ao Hamas e diz ter atacado exército de Israel em Gaza


Mais de 100 pessoas morreram durante caminhada em homenagem a ex-general morto pelos EUA. Pessoas são vistas correndo nas ruas do Irã após explosões atingirem grupo de civis que caminhavam em homenagem a Qassem Soleimani Mahdi Karbakhsh Ravari/AP Após duas explosões matarem nesta quarta-feira (3) 103 pessoas que caminhavam para o túmulo de Qassem Soleimani (leia mais abaixo), no Irã, a brigada Al-Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do país, afirmou que atacou posições do Exército de Israel na Faixa de Gaza, em uma operação conjunta com soldados do Al-Qassam, o braço armado do Hamas.

"Esta tarde, numa operação conjunta com o al-Qassam, bombardeamos 60 grupos de veículos e soldados inimigos nas linhas de frente que avançam sobre o centro de Khan Younis", diz o comunicado da Al-Quds. 

 O exército de Jerusalém não se pronunciou. O governo iraniano chamou a explosão de "atentado terrorista" e disse se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas que estavam no meio da multidão. Nenhum grupo havia reivindicado o ataque até a última atualização desta reportagem.

A primeira explosão, segundo o serviço de emergência de Kerman, aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano. Pelas redes sociais, pessoas que estavam no local relataram haver centenas de corpos espalhados. Já a segunda explosão ocorreu minutos depois, em um ponto mais afastado e perto das primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, ainda de acordo com as autoridades locais.

Explosões matam multidão no Irã em procissão para túmulo de general morto pelos EUA Morte de Soleimani Em foto de 2016, Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, participa de um comício anual do aniversário da revolução islâmica de 1979, em Terrã, no Irã AP Photo/Ebrahim Noroozi, File A morte de Soleimani, considerado um herói nacional no Irã, provocou uma onda de revolta no país contra os Estados Unidos.

Ele foi morto por um ataque com drones no aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, onde Soleimani estava, acompanhado de uma comitiva, em uma operação secreta ordenada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. À época, o Pentágono, que comandou o ataque, alegou que Soleimani estava por trás de mortes de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos. Logo após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que "redobraria" a "resistência" contra os EUA e Israel.

Desde então, o governo iraniano tem aumentado o apoio e o financiamento a grupos que atuam contra Israel, como o Hamas e o Hezbollah. Quando morreu, ele liderava havia 15 anos a Força Al Quds, a unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, e era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.