Sismo de magnitude 7.4 lança alerta de tsunami no Japão
O primeiro-ministro japonês apelou à população para ter o máximo de cautela. Várias regiões da costa oeste do Japão estiveram sob alerta vermelho, mas este foi reduzido. Mais de 30 mil casas estão sem energia.
O primeiro-ministro japonês apelou à população para ter o máximo de cautela. Várias regiões da costa oeste do Japão estiveram sob alerta vermelho, mas este foi reduzido. Mais de 30 mil casas estão sem energia.
Um terramoto de magnitude 7.4 na escala de Richter atingiu o oeste do Japão esta segunda-feira, provocando um alerta de tsunami em várias prefeituras no Japão. O abalo ocorreu pelas 7h10 de Portugal continental e mais de 30 mil casas ficaram sem energia. Há pelo menos seis casos de pessoas presas debaixo de escombros.
De acordo com a CNN, o terramoto teve epicentro 42 quilómetros a nordeste de Anamizu, na prefeitura de Ishikawa - o lado oposto a Tóquio, a capital do país.
Segundo o canal japonês NHK, ondas com mais de um metro de altura terão atingido o porto de Wajima, localidade vizinha de Anamizu. Os residentes da zona foram aconselhados a evacuar para zonas mais altas.
Algumas imagens mostram edifícios a desabar durante o abalo, na cidade de Suzu. A operação dos comboios de alta velocidade do Japão - os Shinkansen - foi suspensa em algumas partes do país, nomeadamente a ligação entre as zonas da costa oeste e Tóquio.
De acordo com a NHK, a empresa responsável pela operação da central nuclear na cidade de Shika anunciou estar a verificar possíveis danos provocados pelo sismo na infraestrutura. Os dois reatores da central nuclear estão desligados da rede desde o primeiro abalo.
Segundo a BBC, cerca de 32.500 casas na prefeitura de Ishikawa não têm energia. Há pelo menos seis casos de pessoas presas sob os escombros de edifícios.
Várias regiões da costa oeste do Japão estiveram sob alerta vermelho, que obriga à evacuação da população devido ao risco de ondas muito altas atingirem a costa. Este alerta, o primeiro desde o terramoto e tsunami de 2011 em que cerca de 20 mil pessoas morreram, foi reduzido por volta das 11h30 portuguesas para um aviso de tsunami, segundo a NHK.
Apesar disso, pequenas ondas de tsunami, de nem sequer 50 centímetros, foram registadas na costa leste da Coreia do Sul.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, apelou à população para ter o máximo de cautela. "Quero sublinhar que os cidadãos devem ter muito cuidado e instamos as pessoas residentes nestes locais [abrangidos por avisos de tsunami] para tentarem sair", declarou à imprensa japonesa.
O terramoto foi seguido de mais de 30 réplicas, algumas delas fortes. Uma réplica teve uma magnitude de 6.2 na escala de Richter, 4 quilómetros a sudoeste de Anamizu. Outra réplica, com magnitude de 5.2, teve epicentro 58 km a nordeste da mesma cidade.