Comité internacional acusa Israel de atacar "intencionalmente" jornalistas

"Ataques precisos" que vitimam repórteres em Gaza, quando estes estão longe da linha da frente, são uma das principais acusações do Comité para a Proteção de Jornalistas. Israel integra, pela primeira vez, ao lado do Irão, a lista de países que pior tratam os jornalistas.

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Comité internacional acusa Israel de atacar "intencionalmente" jornalistas

"Ataques precisos" que vitimam repórteres em Gaza, quando estes estão longe da linha da frente, são uma das principais acusações do Comité para a Proteção de Jornalistas. Israel integra, pela primeira vez, ao lado do Irão, a lista de países que pior tratam os jornalistas.

"Ataques precisos" que vitimam repórteres em Gaza, quando estes estão longe da linha da frente, são uma das principais acusações do Comité para a Proteção de Jornalistas. Israel integra, pela primeira vez, ao lado do Irão, a lista de países que pior tratam os jornalistas.

Israel foi incluído pela primeira vez na lista de pior tratamento de jornalistas, elaborada pelo Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ), devido ao aumento elevado dos profissionais palestinianos detidos sem julgamento desde o início da guerra em Gaza.

Israel figura na lista anual empatado em sexto lugar com o Irão, após o CPJ ter auferido no seu relatório, divulgado quinta-feira, que pelo menos 19 jornalistas palestinianos estão detidos sem julgamento.

"A posição de Israel no censo de 2023 do CPJ é prova de que uma norma democrática fundamental - a liberdade de imprensa - está a ser desgastada à medida que Israel explora métodos draconianos para silenciar jornalistas palestinianos", disse Jodie Ginsberg, presidente do CPJ, a propósito do lançamento do relatório. "Essa prática deve parar", frisou.

A guerra de Israel contra o Hamas tem cobrado um preço elevado entre a comunidade jornalística. Desde o dia 7 de outubro, pelo menos 83 jornalistas foram mortos, entre eles 76 palestinianos, 4 israelitas (mortos durante o ataque do Hamas) e 3 Libaneses, de acordo com o CPJ. As autoridades palestinianas e jornalistas em Gaza relatam 120 mortos. Dezenas de outros membros da imprensa continuam desaparecidos, foram presos ou feridos.

Israel explora métodos draconianos para silenciar jornalistas palestinianos

"É preciso pensar duas vezes", diz à Lusa Ibrahim Isbaita, um jornalista Saudita-Palestiniano que permanece ainda em Gaza. "Mais de 120 jornalistas mortos, este não é um número fácil e isto leva-nos a pensar duas vezes antes de nos pormos em frente a uma câmara", diz Isbaita.

A maior parte dos jornalistas mortos desde o início da guerra foram levados a enterrar com os coletes azuis à prova-de-bala marcados como "imprensa" que usavam no momento da sua morte. Os seus caixões são levados aos ombros por outros colegas igualmente equipados e identificados, que terminado o enterro, seguem com o seu trabalh